
A Boeing está a investigar um ataque informático que visou o seu negócio de componentes e distribuição. O grupo Lockbit disse, na semana passada, que roubou “uma quantidade enorme” de dados confidenciais da fabricante de aviões
A fabricante de aviões Boeing revelou que está a investigar um ataque informático que visou algumas áreas do seu negócio de componentes e distribuição e encontra-se a cooperar com a polícia, escreve a “Reuters”.
A Boeing reconheceu o ataque uns dias depois de o grupo de ataques informáticos Lockbit ter dito, na passada sexta-feira, que roubou “uma quantidade enorme” de dados confidenciais da fabricante de aviões e que iria publicá-los online se a empresa não pagasse o resgate até esta quinta-feira, 2 de novembro.
Um porta-voz da Boeing disse que o ataque “não afeta a segurança dos voos” e que a empresa está a “investigar ativamente o incidente e em coordenação com as autoridades policiais e reguladoras”.
O negócio de peças e distribuição da Boeing, que se enquadra na divisão de serviços globais, fornece material e suporte logístico aos seus clientes.
O Lockbit foi o grupo global de ransomware mais ativo no ano passado com base no número de vítimas, e atingiu 1700 organizações dos Estados Unidos desde 2020, de acordo com a Agência de Segurança Cibernética e de Infraestrutura dos EUA (CISA).
Não está claro a que dados o grupo criminoso teve acesso, mas Brett Callow, especialista em ransomware, disse à agência que mesmo que as empresas paguem o resgate, tal não garante que os dados não sejam posteriormente publicados. A perda de informações militares seria “extremamente problemática”, disse ainda o analista.